02 setembro 2011

Uma história cotidiana

São aproximadamente 23 horas e 30 minutos, abro a porta de casa, subo as escadas e rapidamente vou largando no chão as roupas que me vestem – banho.
A água quente lambendo meu corpo é o maior prazer do dia, conseguiu superar os pedaços também quentes da pizza, que anteriormente matava minha fome.
Ainda enrolado na toalha úmida faço uma ligação casual a um amigo, e o relógio mostra sorridente a hora "do sinal da cruz", é meia noite. Visto-me, lixo as unhas da mão esquerda de modo displicente, bebo uma xícara de achocolatado quente e vou fazer uma visita ao amigo do telefonema. Ele me esperava em uma esquina, a meio caminho de sua casa, junto a um outro amigo e dois conhecidos, e diz: “Olha a vagabunda vindo ali”. Sou recepcionado de maneira carinhosa e retribuo a gentileza. Alguém pergunta as horas, é 1 hora e 27 minutos e está frio. Já na casa do meu amigo, conversamos banalidades enquanto o jantar está esquentando: frango, arroz, feijão, macarrão e a insistência para que eu me alimente. Enormes pratos cheios e odoríferos, e eu apenas com um copo de suco artificial sabor laranja. Às 3 horas e 33 minutos da manhã, depois de acordar uma colega que dormiu sem cerimônias vou embora na companhia da dorminhoca e de meu outro amigo. Uma neblina delicada nas ruas e o frio companheiro, despeço-me dos dois na porta da casa em comum, aos berros e risadas, e continuo em direção à minha casa. Duas quadras depois encontro outra amiga, que acabara de fechar seu comércio. 
A salvo de um insone cliente que insistia em conversar, e a acompanho até o portão de sua casa. Parados, um de frente ao outro conversamos amenidades acerca da vida daqueles que nos rodeiam, amigos em comum rendem sempre boas histórias. De súbito, o desejo de mais um cigarro a faz me pedir para ir com ela até o “Bar do Zueira” – aquele que quase nunca fecha. No balcão ela paga seu cigarro e acende com o isqueiro da garota que nem mesmo olhei a face, enquanto isso estou cumprimentando um primo, que debruçado na mesa de bilhar sorri ao me ver e vem me beijar o rosto e abraçar apertado - desconforto.
Beijos de despedidas, promessas de nos vermos no outro dia e um cachorro na calçada, enfim retorno para casa às exatas 4 horas da manhã.
Ligo o televisor, um filme desnecessário me prende a atenção por alguns minutos e na sequência me faz apertar a tecla “off” do controle-remoto.
Agora, de frente para o monitor do computador o relógio no canto inferior marca 5 horas e 20 minutos. Preguiça de revisar o texto e o antivírus insistindo em uma tal atualização, é o fim. Me resta publicar o texto, mas antes encontrar uma imagem ilustrativa e às 6 horas acordar minha mãe e depois ir aos braços de Morpheu. Dormir, porque amanhã é outro comum dia.

3 comentários:

  1. Simplesmente adoro tua vida noturna...rs
    Me identifiquei com a recepçao "carinhosa" dos teus amigos...rs Tb era recepcionada assim....saudades dos amigos verdadeiros!
    Beijos

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  2. Li um texto seu no blog do Braccini e gostei muito. Vim conferir e gostei ainda mais.
    Virei mais vezes, certamente.
    Beijokas.
    Seguindo...

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  3. sempre passo por aqui para me deliciar com suas emoções e sentimentos traduzidos e decodificados em palavras ... fico super feliz com a receptividade de sua parte e dos q me prestigiam lá no Enfim ... obrigado pelo carinho queridão ...

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