12 outubro 2010

Clapt, clapt, clapt

A onomatopeia do título acima causou rebuliço, afinal o Vinicius ficou indignado com o uso por sua tia Carine - ela jura que fez uso graças a euzinho. Tudo bem, somos "velhos", mas o pior é que dias depois aconteceria a festa de 16 anos do Vinny e aí sim fomos para um embate com a nova geração. Eu, Fabi, Nanda (a mãe), Carine (tia), Giordanna, além de Clara (discreta e coll) e Dora (doidivanas), todos enquadrados na faixa etária entre 28 e 40 anos, fomos "convidados" a participar da festa. Os diversos segmentos da atual molecadinha estavam presentes: Bibas clássicas, os coloridos, os pagodeirinhos, os quase-gays, os maloqueirinhos, os filhos da mamãe, os bombadinhos, e toda sorte de adolescentes possíveis e imagináveis. Engraçadíssimo ver o peso da idade, e mais ainda as semelhanças da atual com nossa já esquecida adolescência, as crianças dançavam, bebiam e beijavam com a pressa que só os recém iniciados na vida têm. Rimos muito, mais de nós e nossos posicionamentos do que das barbaridades em volta. Evidente que a Clara não resistiu e saiu depressa, o contrário da Dora que apesar de ser a mais idosa estava "enturmada" e por pouco não pulou o balcão que nos separava dos hormônios saltitantes e se jogou na festa. Fabiano era só alegria e fazia parte do "staff", comprou bebidas, fez drink's diversos e assessorava o aniversariante. Carine denunciava sua contrariedade pelas feições faciais e algumas respostas ranzinzas aos incautos; minha amiga Fernanda estava resignada e dividia a função de "fiscalizar" os excessos com os cuidados necessários à Duda (meses de vida). Giordanna acreditou no personagem e foi a garçonete simpática e participativa que a festa precisava, sucesso entre os etílicos mais animados. Eu, bem eu me diverti com nossa inadequação, lembrei dos porres que vivi, o suor das dancinhas passadas, e até dos gritos histéricos de outros tempos - tantas histórias para contar. Resgatamos alguns bêbados de primeira viagem, e depois da quase expulsão dos convidados fomos limpar - inter fêmures - a bagunça. Imersos em um ambiente de vômitos, copos, gelo seco, garrafas, latinhas, cigarros fumados e bebidas começou a faxina aos protestos - queríamos ouvir sambas de enredo e dançar - mas claro que não fomos atendidos em nossa reivindicação. Velhos têm de ser sumariamente ignorados pelos adolescentes. Casa em ordem em tempo recorde, risadas outras, espantos e comentários diversos sobre os personagens. Assumi que com mais dois goles eu daria em cima de um colega de classe do aniversariante, mais alguém assumiu desejo por um novinho, e o Fabi deve ter listado pelo menos uma dúzia de possíveis "vítimas", ainda bem que temos resquícios de bom senso. Entre mortos e feridos salvaram-se todos - frase dos meus tempos de novinho. O aniversariante feliz da vida se despedindo, um bêbado mirim no quarto e outro roncando ao nosso lado, e assim ficamos em volta da mesa comendo salgadinhos e planejando a próxima festa do Vinicius - que vai ser sensacional, afinal agora temos experiência em sermos velhinhos em festa adolescente. Uhuuuuuuuuul :)

3 comentários:

  1. É assim mesmo, Giuliano, quanto mais envelhecemos, mais inadequados nos sentimos. Mas tem "gente grande" que adora "vampirizar" os garotos com a má intenção de "sugar" sua juventude. Antes velho e inadequado do que velho com babylook...

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  2. Guinoza, concordo com cada palavra bem alinhada do seu comentário.

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  3. è issu ae e que venha anos e anos pra você poder coloca no seu blog que meu aniversario foi sempre evoluindo poq a festa não teria a mesma graça sem você's que são esenciais na minha vida e sem fala de varios CONSELHOS seus da minha tia do Fabiano resumindo vlw !!

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