É foda quando, de uma hora para outra, você percebe o quanto sua vida está uma merda. Isso mesmo, você desatento na zona de conforto e de repente...
...de repente aparece uma pessoa.
E você inconscientemente torce
para ele entrar no chat do facebook, quer rir junto, marca para fumar um
cigarro, diz não saber o motivo - mas que ele te faz bem, só dorme depois de
dar “boa noite”, e acorda com o primeiro pensamento nele. Assim, como num estalar
de dedos, esta pessoa entra na sua rotina e aquele outro amor (o que não
frutifica, mas te acompanha. Enfim...) ele começa a esmaecer.
Eis o tapa na cara, dado pela
vaidosa e às vezes ruidosa e apressada vida, e então o click: “Que merda eu
estou fazendo da minha vida ou melhor, não fazendo?”
A percepção evidente de que a
vida estava passando sem ao menos você perceber os movimentos mais básicos,
vivendo em stand by.
O que fazer? Não dá para correr
de si mesmo. A dicotomia entre o novo brilho
nos olhos que ele te traz ou a luz habitual que o outro ainda fornece é a
grande questão que a vida jogou no seu colo a fim de que você, e só você
resolva.
Aos poucos o novo cara toma conta
dos espaços, e você percebe que a sua vida pode não ser aquela que você merece,
mas está melhor. E o outro amor, aquele morno, esfria e rodopia pelo ralo da
pia. A rotina silenciosa e os desencantos ainda estão aqui, mas agora há
motivos para ao menos questionar esta vida malvivida e sufocada pela mesmice e
falta de horizonte – horizonte este que ele insiste em apontar e lá está.
Viver é realizar o infinito.
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