Naquela madrugada ninguém eu pensava encontrar, muito menos você - que sorriu, disse meu nome de uma maneira particular, e me abraçou.
Sorrimos um para o outro, é sempre assim, e de repente estávamos nós (e eles) sentados naquele banco que eu nunca havia ao menos reparado e que hoje é um nosso ninho vazio sob as estrelas. A culpa é sua, lembre-se que foi você quem primeiro brincou e me puxou para suas coxas nas quais eu lasso me acomodei, mas logo me desvencilhei e neguei. Falamos bobagens, rimos, e nossas mãos procuraram inocentemente minúcias de nossos corpos; por que afinal eu consenti que se deitasse em meu colo?
Seu rosto, suas orelhas, o peitoral, e aquele músculo do seu braço que tantas vezes foi acariciado pela minha mão que descobria seu moreno corpo; por que você me olhava e sorria?
Tentei parar, eu juro, mas suas mãos me desvendavam: coxas, pernas, costas, mamilos. Quem resistiria? Alguns poucos carros passavam, eles (os outros) estavam presentes, mas não estavam com a gente. Até mesmo o velho insone à porta não oferecia obstáculo, apesar do inusitado éramos eu e você - nós e só.
Então você disse: "Você vem?", eu turvando a razão, mas crendo no meu autocontrole te segui. Foi um delirante absurdo que vivi, por você, e não sinto culpa ou arrependimento. O gosto da sua língua, seus sorrisos, o corpo nu, minhas mordidas, seus cafunés, e os abraços que nos tornavam um só, a gente se aninhava um no outro - unidos. Qual força nos separaria?
Naquela madrugada fiz o que nunca tinha ousado fazer, e gostei. Gostei porque você me dominou, sem violência, e me afogou em minha própria vala emocional - eu só reagi a você.
A satisfação em me ouvir te chamar de "meu bebê" é a mesma que senti a cada palavra sua sussurrada. Por que não te abraçar de novo?
Foi idílio e dionisíaco, fez-me tão bem e tão outro. Mas foi só aquela noite: teus olhos não mais vão me domar, teu abraço não mais vai me prender e sua boca não mais será meu alimento. Só resta mesmo uma história para lembrar e aquela despedida em tom de até breve: "Tchau Jú...", e assim eu fui, e continuo indo - não sei para onde. Só sei que sem você que foi uma vez tão meu.
Sorrimos um para o outro, é sempre assim, e de repente estávamos nós (e eles) sentados naquele banco que eu nunca havia ao menos reparado e que hoje é um nosso ninho vazio sob as estrelas. A culpa é sua, lembre-se que foi você quem primeiro brincou e me puxou para suas coxas nas quais eu lasso me acomodei, mas logo me desvencilhei e neguei. Falamos bobagens, rimos, e nossas mãos procuraram inocentemente minúcias de nossos corpos; por que afinal eu consenti que se deitasse em meu colo?
Seu rosto, suas orelhas, o peitoral, e aquele músculo do seu braço que tantas vezes foi acariciado pela minha mão que descobria seu moreno corpo; por que você me olhava e sorria?
Tentei parar, eu juro, mas suas mãos me desvendavam: coxas, pernas, costas, mamilos. Quem resistiria? Alguns poucos carros passavam, eles (os outros) estavam presentes, mas não estavam com a gente. Até mesmo o velho insone à porta não oferecia obstáculo, apesar do inusitado éramos eu e você - nós e só.
Então você disse: "Você vem?", eu turvando a razão, mas crendo no meu autocontrole te segui. Foi um delirante absurdo que vivi, por você, e não sinto culpa ou arrependimento. O gosto da sua língua, seus sorrisos, o corpo nu, minhas mordidas, seus cafunés, e os abraços que nos tornavam um só, a gente se aninhava um no outro - unidos. Qual força nos separaria?
Naquela madrugada fiz o que nunca tinha ousado fazer, e gostei. Gostei porque você me dominou, sem violência, e me afogou em minha própria vala emocional - eu só reagi a você.
A satisfação em me ouvir te chamar de "meu bebê" é a mesma que senti a cada palavra sua sussurrada. Por que não te abraçar de novo?
Foi idílio e dionisíaco, fez-me tão bem e tão outro. Mas foi só aquela noite: teus olhos não mais vão me domar, teu abraço não mais vai me prender e sua boca não mais será meu alimento. Só resta mesmo uma história para lembrar e aquela despedida em tom de até breve: "Tchau Jú...", e assim eu fui, e continuo indo - não sei para onde. Só sei que sem você que foi uma vez tão meu.
Boquiaberta...
ResponderExcluirUm texto assim exige um comentário digno...mas nao consigo articular...amei....intenso e Giuliano!
;)
beijos
Angélicaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, amo tanto seus comentários. E que bom que alguém assim como você gosta, afinal não somos para muitos.
ResponderExcluirDeus meu! Que linnnnndo! Giuliano, como vc aguenta essa alma imensa dentro de vc? Ah... eu sei! Ferreira Gullar disse: "a arte existe pois a vida não basta." Acho que isso explica vc.
ResponderExcluirBeijokas.