Aquele sorriso: lindo, solto, infantil (pensei ser só meu). Os olhos sorrindo em sincronismo com a boca.
O olhar um tanto quanto por baixo, fingindo timidez, e de novo o sorriso.
A mania frequente de esfregar as mãos e entrelaçá-las até o repouso no colo, e o mesmo sorriso desprendido.
Os cabelos milimetricamente arrumados, sempre "des"alinhados; a passada de mão na cabeça convidando ao cafuné.
Não vi seus sinais no corpo, são três os que me mostrou como quem orgulhoso exibe tatuagens ou cicatrizes: perna, olho, axila. A cada cigarro a preocupação em não deixá-lo entregue ao vício - vontade de cuidar dele. Abraçar seu corpo franzino, sentir meu calor no peito dele, conversar coisas banais e rir de suas promessas vazias. Senti uma necessidade voraz de olhar fundo naqueles olhos, rir e desviar meu olhar - sair pela tangente.
Fui vencido, busquei uma reação, porém ele continuou ausente e feliz na leveza de mais uma madrugada perdida que parece ter sido feita só para o fazer feliz. Ignorado, nada sou na vida dele.
Nem mesmo a lembrança de um fim de noite comum entre nós. Desconcerto, e o instinto suicida de dizer que o amo e assim o perder sem engano, mas já o perdi sem nunca o ter, de fato.
Eu, o controlado e sempre cercado pela sensatez vou me despir e atropelar sua falta de responsabilidade com um "Eu te amo"; o adeus, talvez algumas lágrimas e o arrependimento, mas a certeza de que ele saberá que eu sou todo ele - tudo dele. Apesar de sua negação ao meu amor.
Lindo e triste.
ResponderExcluirAdoro seus textos ;)
E então? Já leu meu livro? Gostou, Odiou? rsrsrs
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Bjão
Oi Giuliano! Li seu comentário no meu blog e vim visitá-lo através do link....
ResponderExcluirCara, preciso ler vc com mais calma! Seu trabalho é bom demais. Volto em breve!
Abração!
Obrigado pelos elogios Pablo e Kikoriaze, e voltem sempre porque essa "casa" é grande, aconchegante (nem sempre rs...) e é toda nossa.
ResponderExcluirarrepiei com isso, narração minuciosa e melancolica. parabens.
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