Tem gente que mesmo não estando perdida, “Se acha”.
Na tarde de uma quarta-feira qualquer minha amiga Lili, sentada no para-choque do fusca branco que insiste em permanecer estacionado em frente à sua residência (a aproximados 04 meses), desenvolve o relato dos últimos acontecimentos a fim de discutirmos acerca de tais fatos, ou seja: estávamos fofocando.
Entre um comentário mais ácido e algumas risadas provenientes da desgraça alheia surge um automóvel a serviço da Elektro, nada de extraordinário afinal seu irmão agora trabalha nesta empresa. Antes do caçula entrar no carro percebo que o motorista olha insistentemente, faz menção em cumprimentar e esboça um sorriso tímido.
Tudo bem se eu estivesse em companhia de minha amiga Fernanda – A Miss Simpatia, o problema é que se trata da Lili. Não me contive, e de lábios semi-cerrados, comento que o motorista ficou sem graça por não ter sido correspondido. Ela com desdém nem dá confiança e continua o bate-papo, não consegui me concentrar e começo a rir.
Porra, o motorista é só um dos tantos caras que figuram na lista dos mais gostosos, tem um braço considerável, tatuagem enorme, boca também grande, uma cara de safado ímpar e além de tudo é bem relacionado no circuito off-society.
Ela se justifica: “Nunca falou comigo, só porque trabalho com o meu irmão quer pagar simpatia?”.
Eu tentei, mas não consegui parar de lembrar a cara desolada do motorista, que não se entregou.
Quando enfim o seu companheiro de serviço chega todo sorridente, me dando tchauzinhos e falando gracinhas; ele olha para nós e decididamente sorri e apresenta seu polegar em riste, está implícito o “E ae?”.
Desprezo total, nem eu ou a minha amiga respondemos à gentileza, e nesse instante desabo em rir. Como pode a gente “se achar” desse jeito, até parece que estamos já bem casados, bem posicionados ou mesmo com a agenda casual repleta de nomes. Mas nada disso importa, afinal ainda temos dignidade, ou seria falta de noção mesmo, para esnobar um belo espécime masculino. Vai entender né?
PS: Fernanda não me mate pela ínfima aparição na crônica.
ResponderExcluirÉ que pensei que ia ao Festival do Band, e lá sim teria uma boa história para contar.
Enfim...
a miss simpatia de sempre Nandinha_Cereja
ResponderExcluirBjo meu lindo