O que para a maioria é coisa comum, sem importância, ganha contornos curiosos quando o protagonista sou eu.
Ir à padaria. Será possível se divertir indo até a padaria comprar pães? (especificamente oito, e bem branquelos). Sim é divertidíssimo, primeiro porque dificilmente eu vou só, há quem me ligue para combinarmos de irmos juntos, outros me esperam nas ruas de acesso; e no horário aproximado de minha ida sempre alguém pergunta: “E aí, já foi na padaria?” – é estranho, mas também engraçado.
As funcionárias, todas, conhecem minha preferência por pães claros e fazem uma pequena festa quando me vêem, afinal eu aproveito a fila para exercer a troca de informações e também para avaliar os espécimes masculinos presentes. Em minha mais recente ida à padaria fui acompanhado da sempre presente Lili e da Ana Elisa – uma garota de 14 anos, evangélica, com talento para a arte cênica e uma fã confessa minha. Vai entender! Na fila dois adolescentes – surpresos e curiosos – observam o estranho trio e paqueram a jovem evangélica, que interpreta estar constrangida com os absurdos que pulam das bocas minha e de Lili. Não, não discutíamos a situação econômica do país, ou outro qualquer assunto, falávamos sobre homens, é claro.
Distraidamente observo um homem (alto, negro, imponente, ‘não era belo, mas mesmo assim...’) olhando fixamente à Lili – como costumo dizer: “Ele estava ‘galinhando’ minha amiga”. Virei para ela, que já havia percebido a intenção do homem, e a cumplicidade em nosso olhar foi definitiva – rimos e continuamos a “galinhar” o cara que estava na nossa frente, sem perder as expectativas de chegar mais uma vítima para engrossar a fila. Na saída ficamos de frente com um rapaz que já foi alvejado por nossos olhares e insinuações diretas (uma pena que a mulher dele estava logo atrás e percebeu tudo), ele ficou surpreso, e nós claro demos em cima – só para não perder o hábito.
Paezinhos em mãos, já indo embora avistamos a negão que, mais cara de pau que nós, estava olhando fixamente, segurando a porta do carro, e continuo olhando, olhando, olhando e nós gentilmente retribuíamos os olhares em solidariedade, e riamos muito do inusitado.
É fato, ir à padaria, próximo das 18 h 30 min, pode sim ser um programão com direito a diversão, romance e surpresas.
Depois disso tudo vou tomar café, e comer um saboroso pão com muita margarina Qualy.
Giuli seu blog tá SENSACIONAAAL
ResponderExcluirHuahah suuuuper sua cara..hauh eu ri muito neste post da padaria, mas o que eu *ri litros* foi a esnobada no cara da Elektro, apoiados no carro abandonado hauh